João Garcia de Guilhade


Chus mi tarda, mias donas, meu amigo,
que el migo posera,
 e crece-m'end'ũa coita tam fera
que nom hei o cor migo,
5       e jurei já que, atá que o visse,
       que nunca rem dormisse.
  
Quand'el houv'a fazer a romaria,
pôs-m'um dia talhado
que veesse, [e] nom vem, mal pecado,
10hoje se compr'o dia;
       e jurei já que, atá que o visse,
       que nunca rem dormisse.
  
Aquel dia que foi de mi partido
el mi jurou chorando
15que verria, e pôs-mi praz'e quando;
já o praz'é saído;
       e jurei já que, atá que o visse,
       que nunca rem dormisse.



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Nota geral:

Dirigindo-se a uma assembleia de donas (mulheres casadas), a donzela desespera: o seu amigo, que foi a uma romaria mas lhe garantiu regressar rapidamente, marcando-lhe até o dia - exatamente aquele dia) nunca mais chega. E ela prometeu não dormir até ao seu regresso.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 753, V 356

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 753

Cancioneiro da Vaticana - V 356


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas