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Cantigas de seguir: modelos Occitânicos e Franceses
A prática do contrafactum, ou seja, a utilização de melodias anteriores em novas composições, está amplamente documentada na lírica medieval. No âmbito da lírica galego-portuguesa (da qual sobreviveram apenas, como é sabido, treze melodias originais), muitos dos modelos seguidos, não só literários mas também musicais, parecem ter sido composições extra-peninsulares, com destaque para melodias provençais ou francesas anteriores (e geralmente muito conhecidas).
Na sequência do extenso trabalho científico que conduziu à base de dados Cantigas Medievais Galego-Portuguesas (http://cantigas.fcsh.unl.pt), esta questão foi sendo marginalmente anotada. A presente base de dados, resultante do projeto «Modelos e variações: a lírica medieval ibérica na Europa dos trovadores», apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, procura agora sistematizar todos estes casos de contrafacta (ou cantigas de seguir, na terminologia ibérica), servindo-se quer dos dados que foram sendo recolhidos por investigadores anteriores, quer dos novos dados coligidos pela equipa deste mesmo projeto.
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Apresentação e critérios
As cantigas dos trovadores e jograis galego-portugueses não podem ser desligadas do vasto e importante movimento europeu habitualmente conhecido como «o tempo dos trovadores», um movimento literário e artístico que, dominante entre os os finais do século XI e meados do século XIV, modela também, em grande medida, toda a cultura europeia posterior.
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Última atualização: 19-02-2020
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