Afonso Anes do Cotom


As mias jornadas vedes quaes som,
meus amigos, meted'i femença:
   de Castr'a Burgos e end'a Palença,
e de Palença sair-mi a Carrion
5e end'a Castro; e Deus mi dê conselho,
ca vedes: pero vos ledo semelho,
muit'anda trist'o meu coraçom.
  
E a dona que m'assi faz andar
casad'é, ou viúv'ou solteira,
 10ou touquinegra, ou monja ou freira;
 e ar se guarde quem s'há por guardar,
  ca mia fazenda vos dig'eu sem falha;
e rog'a Deus que m'ajud'e mi valha
e nuncas valh'a quem mi mal buscar.
  
15E nom vos ous'eu dela mais dizer
de como...............................
nom há i tal que logo nom..........
.....................que em seu parecer
nom...............................
20[...]



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Nota geral:

Cantiga incompleta, que se situa a meio caminho entre a cantiga de amor mais ou menos jocosa e a sátira às regras do amor cortês, nomeadamente a do segredo sobre a identidade da mulher amada. As estrofes que faltam elucidariam certamente a questão.



Nota geral


Descrição

Escárnio e Maldizer
Mestria
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 968, V 555
(C 968)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 968

Cancioneiro da Vaticana - V 555


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas