João Lopes de Ulhoa


Já eu sempre mentre viva for, viverei mui coitada,
porque se foi meu amigo, e fui eu i muit'errada
       por quanto lhi fui sanhuda, quando se de mi partia,
       par Deus, se ora chegasse, co el mui leda seria.
  
  5E tenho que lhi fiz torto de me lh'assanhar doado,
pois que mi o nom merecera, e foi-se por en coitado
       por quanto lhi fui sanhuda, quando se de mi partia,
       par Deus, se ora chegasse, co el mui leda seria.
  
  El de pram que esto cuida: que éste migo perdudo;
 10ca senom logo verria, mais por esto m'é sanhudo,
       por quanto lhi fui sanhuda, quando se de mi partia,
       par Deus, se ora chegasse, co el mui leda seria.



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Nota geral:

Na sequência da cantiga anterior, a donzela arrepende-se de se ter zangado com o seu amigo, que partiu muito infeliz. Foi uma zanga gratuita, e ela confessa a alegria que sentiria se o tivesse ao seu lado.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 699, V 300

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 699

Cancioneiro da Vaticana - V 300


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas