Fernão Gonçalves de Seabra


  Pois houvi o mal que eu sofro, punhei
de o negar, assi Deus me perdom;
e querem devinhar meu coraçom,
e nom podem, mailo mal que eu hei,
5       pois que eu punho sempr'en'o negar,
       maldito seja quem mi o devinhar!
  
E nom pode[m] per mi saber meu mal
sem devinhá-lo, nem hei en pavor,
nem já per outr', enquant'eu vivo for,
10o que eu cuid', e digo que cuid'al,
       pois que eu punho sempr'en'o negar,
       maldito seja quem mi o devinhar!



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Nota geral:

Retomando ainda a questão do segredo, o trovador amaldiçoa todo aquele que tentar adivinhar a origem do seu sofrimento.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

A 220, B 387

Cancioneiro da Ajuda - A 220

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 387


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas