Pero Meogo


Por mui fremosa, que sanhuda estou
a meu amigo, que me demandou
       que o foss'eu veer
        a la font'u os cervos vam bever.
  
 5Nom faç'eu torto de mi lh'assanhar
por s'atrever el de me demandar
       que o foss'eu veer
       a la font'u os cervos vam bever.
  
  A feito me tem já por sandia,
10que el nom vem, mas [mand]'envia
       que o foss'eu veer
       a la font'u os cervos vam bever.



 ----- Increase text size ----- Decrease text size

General note:

Sabendo-se formosa, a moça declara-se zangada, e com toda a razão, por o seu amigo ter tido o atrevimento de lhe pedir para ir ter com ele à fonte onde os cervos vão beber (um lugar isolado, decerto). Deve pensar que ela é louca, acrescenta: não vem ter com ela mas pede-lhe para ir a tal lugar.
Nos apógrafos italianos, esta é a segunda cantiga do ciclo dos "cervos do monte".



General note


Description

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Learn more)


Manuscript sources

B 1185, V 790

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1185

Cancioneiro da Vaticana - V 790


Musical versions

Originals

Unknown

Contrafactum

Unknown

Modern Composition or Recreation

Unknown