AntroponínimaPessoas referidas em cantigasFernão Dias Descrição
Não há certezas quanto à identificação desta personagem (chamado, numa das cantigas a ele dirigidas, Fernão Dias Estaturão), até por não haver notícia de nenhum adiantado ou meirinho-mor com este nome, em tempos de Fernando III ou de Afonso X, cargo que algumas das cantigas lhe atribuem. De resto, se Estaturão tem sido entendido como alcunha (o de estatura grande), Xulio Viejo1 sugeriu que poderia ser eventualmente erro por Esturão (asturiano), hipótese que, embora parecendo coadunar-se com alguns dos topónimos presentes nas cantigas, também não corresponde a nenhuma personagem localizada. O mais provável, assim, será tratar-se de uma autoridade de âmbito mais local. Neste sentido, o galego Fernão Dias, referido no Nobiliário do Conde D. Pedro (76G3), poderia ser uma boa hipótese, já que o seu enquadramento familiar poderia motivar um qualquer ataque político. Filho de D. Diego Gomez de Pobrãos ou de Roa, que foi priol do Hospital em Castela, dele nos diz ainda D. Pedro que foi dos boos mancebos que houve em Galiza (...) e morreo sem semel. Referências 1 Viejo Fernández, Xulio (1982), "Delles referencies asturianes na lliteratura medieval peninsular", Lletres Asturianes, Boletim da Academia de la llingua asturiana, Oviedo. |
Cantigas que referem esta pessoa De [Dom] Fernam Diaz Estaturão, Pero da Ponte (Linha 1): De [Dom] Fernam Diaz Estaturão Dom Fernando, pero mi maldigades, Pero Garcia Burgalês (Linha 1): Dom Fernando, pero mi maldigades, Dom Fernando, vejo-vos andar ledo, Airas Peres Vuitorom (Linha 1): Dom Fernando, vejo-vos andar ledo Fernam Díaz é aqui, como vistes, Airas Peres Vuitorom (Linha 1): Fernam Díaz é aqui, como vistes, Fernam Díaz, este que and'aqui, Pero Garcia Burgalês (Linha 1): Fernam Díaz, este que and'aqui, Fernam Diaz, fazem-vos entender, Estêvão Faião (Linha 1): Fernam Diaz, fazem-vos entender Que muito mi de Fernam Diaz praz, Pero Garcia Burgalês (Linha 1): Que muito mi de Fernam Diaz praz, |