João Airas de Santiago


A mia senhor, que eu sei muit'amar,
 punhei sempre do seu amor gaar
e non'o houvi; mais, a meu cuidar,
nom fui eu i de sem nem sabedor
5por quanto lh'eu fui amor demandar,
       ca nunca vi molher mais sem amor.
  
E des que a vi sempr'a muit'amei,
e sempre lhi seu amor demandei,
e non'o houvi nen'o haverei;
10mais, se cent'anos for seu servidor,
nunca lh'eu já amor demandarei,
       ca nunca vi molher mais sem amor.



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Nota geral:

O trovador considera que foi insensato ao pedir amor à sua senhora, a mulher mais sem amor do mundo. Promete assim que, por cem anos que viva e a sirva, nunca mais lho voltará a pedir,



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 965, V 552

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 965

Cancioneiro da Vaticana - V 552


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas