Rui Fernandes de Santiago


Des que eu vi
a que eu vi,
nunca dormi
e, cuidand'i,
5       moir'eu.
  
Fez-me veer
Deus per veer
quem me morrer
faz e dizer:
10       moir'eu.
  
Gram mal mi vem,
e nom mi vem,
nem verrá bem
 end'e por en
15       moir'eu.
  
E nom mi val
Deus, nem mi val
[...]
e deste mal
20       moir'eu,
       moir'eu,
       moir'eu.



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Nota geral:

Nesta cantiga formalmente muito original, o trovador retoma os tópicos tradicionais do género: desde que viu quem viu (a sua senhora) nunca mais dormiu e morre de amor. O seu sofrimento é grande e sem esperança, e nem Deus lhe pode valer.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
Dobre: (vv. 1 e 2 de cada estrofe)
vi (I), veer (II), mi vem (III), mi val (IV)
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 905, V 491

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 905

Cancioneiro da Vaticana - V 491


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas