Garcia Soares


- Filha, do voss'amigo m'é gram bem,
que vos nom viu quando se foi daquém.
        - Eu mi o fiz, madre, que lho defendi;
       se m'el nom viu quando se foi daqui,
5       eu mi o fiz, madre, que lho defendi.
  
- Nunca lhi bem devedes a querer,
porque se foi e vos nom quis veer.
       - Eu mi o fiz, madre, que lho defendi;
       se m'el nom viu quando se foi daqui,
10       eu mi o fiz, madre, que lho defendi.
  
- Gram prazer hei [e]no meu coraçom,
porque se foi e vos nom viu entom.
       - Eu mi o fiz, madre, que lho defendi;
       se m'el nom viu quando se foi daqui,
15       eu mi o fiz, madre, que lho defendi.



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Nota geral:

A mãe que, como compreendemos, não gosta do amigo da filha, diz-lhe que se alegra por ele ter partido sem antes a ter vindo ver. A moça responde-lhe que ele só não veio porque ela mesma lho proibiu expressamente



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 848, V 434
(C 848)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 848

Cancioneiro da Vaticana - V 434


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Cantar de amigo - Duo 

Versão de Tomás Borba