Afonso Lopes de Baião


Madre, des que se foi daqui
meu amigo, nom vi prazer,
nem mi o queredes [vós] creer,
e moir'e, se nom é assi,
5       nom vejades de mi prazer
       que desejades a veer.
  
Des que s'el foi, per bõa fé,
chorei, madre, dos olhos meus
com gram coita, sab'hoje Deus,
10e moir'e, se assi nom é,
       nom vejades de mi prazer
       que desejades a veer.
  
De mia mort'hei mui gram pavor,
mia madre, se cedo nom vem,
15e al nom duvidedes en,
ca, se assi nom é, senhor,
       nom vejades de mi prazer
       que desejades a veer.



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Nota geral:

Dirigindo-se à mãe, a moça jura que desde que o seu amigo partiu sofre e chora o tempo todo, podendo mesmo morrer se ele não regressar em breve



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 738bis, V 340

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 738bis

Cancioneiro da Vaticana - V 340


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas