João Soares Coelho


Agora me foi mia madre melhor
ca me nunca foi des quando naci
(Nostro Senhor lho gradesca por mi)
e ora é mia madre e mia senhor,
 5       ca me mandou que falasse migo
       quant'el quisesse o meu amigo.
  
Sempre lh'eu madr'e senhor chamarei
e puinharei de lhe fazer prazer
por quanto me nom quis leixar morrer,
10e morrera, mais já nom morrerei,
       ca me mandou que falasse migo
       quant'el quisesse o meu amigo.



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Nota geral:

A donzela, feliz, louva a sua mãe porque permitiu enfim que o seu amigo fale com ela o tempo que quiser. Agora pode chamá-la mãe e senhora com toda a justiça (ou seja, fizeram as pazes) e a donzela dispõe-se a obedecer-lhe e a dar-lhe prazer.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 692, V 293bis

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 692

Cancioneiro da Vaticana - V 293bis


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas