D. Dinis


Pero que eu mui long'estou
da mia senhor e do seu bem,
nunca me Deus dê o seu bem,
pero m'eu [de]la long'estou,
5       se nom é o coraçom meu
       mais preto dela que o seu.
  
E pero long'estou dali
d'u agora é mia senhor,
nom haja bem da mia senhor,
10pero m'eu long'estou dali,
       se nom é o coraçom meu
       mais preto dela que o seu.
  
E pero longe do logar
estou, que nom poss'al fazer,
15Deus nom mi dê o seu bem-fazer,
pero long'estou do logar,
       se nom é o coraçom meu
       mais preto dela que o seu.
  
C'a vezes tem em al o seu,
20e sempre sigo tem o meu.



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Nota geral:

Longe da sua senhora, o trovador jura que mais perto dela está o seu coração do que o da própria senhora. Isto porque, como explica na finda, ela às vezes tem o coração algures, enquanto o do trovador está sempre com ela.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
Dobre: (vv. 2 e 3 de cada estrofe)
bem (I), senhor (II), fazer (III)
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 515, V 98

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 515

Cancioneiro da Vaticana - V 98


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas