Anónimo 4


Senhor fremosa, já perdi o sem
por vós e cuido mui ced'a morrer,
 ca vos sei melhor doutra rem querer;
 e, per bõa fé, se est'assi for,
5       quantos sabem que vos eu quero bem
       dirám que vós me matastes, senhor.
  
E de morrer por vós, senhor, bem sei
 que me nom posso já per rem partir,
pois que me vós nom queredes guarir;
10mais direi-vo-lo de que hei pavor:
       quantos sabem qual amor vos eu hei
       dirám que vós me matastes, senhor.
  
E d'atal pleito punhad'em guardar,
senhor fremosa, o vosso bom prez;
15ca, se eu moiro por vós esta vez,
vedes de que vos faço sabedor:
       quantos sabem que vos sei muit'amar
       dirám que vós me matastes, senhor.



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Nota geral:

Dirigindo-se à sua senhora, o trovador diz-lhe que já perdeu a razão por ela e está à beira da morte. O seu maior medo, porém, é que todos os que conhecem o seu estado a acusem de o ter matado, acusação que prejudicaria muito o seu bom nome



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

A 269

Cancioneiro da Ajuda - A 269


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas