Mem Rodrigues Tenoiro ou Afonso Fernandes Cebolhilha


Se eu podess'ir u mia senhor é,
bem vos juro que querria ir [i],
mais nom posso, nem xi me guisa assi.
 E por aquest', ora, per bõa fé,
5       tal coita hei que nom poderia viver,
       se nom foss'o sabor que hei de a veer.
  
 Esto me fez viver dê'la sazom
que m'eu quitei d'u era mia senhor;
mais ora hei d'ir i mui gram sabor,
10e nom poss'; e [e']no meu coraçom
       tal coita hei que nom poderia viver,
       se nom foss'o sabor que hei de a veer.
  
E se esto nom fosse, nom sei rem
que [me] podesse de morte guarir,
15u a nom vejo; mais cuid'eu a ir
u ela est e nom poss', e por en
       tal coita hei que nom poderia viver,
       se nom foss'o sabor que hei de a veer.



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Nota geral:

Longe da sua senhora e impedido de ir até junto dela, o trovador diz-nos que só sobrevive graças ao imenso desejo que tem de a ver.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 399, V 9

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 399

Cancioneiro da Vaticana - V 9


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas