Rui Pais de Ribela


 A guarir nom hei per rem,
se nom vir a que gram bem
  quero, ca perço o sem:
poila nom vejo, me vem
5tanto mal que nom sei quem
mi o tolha, pero mi al dem;
mais Deus mi a mostre por en
cedo, que a em poder tem.
  
E se eu mia senhor vir,
10a que me tolh'o dormir,
se eu ousasse, pedir-
lh'-ia logo que guarir
me leixass'u a servir
podess'eu; mais consentir
 15nom mi o querrá nem oir,
mais leixar-m'-á morrer ir.



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Nota geral:

O trovador não poderá sobreviver se não vir aquela que ama e que lhe faz perder a razão; se a não vê, tão mal se sente que nada o pode curar; pede, pois, a Deus, que lhe permita vê-la depressa. Se a visse, pedir-lhe ia então, se ousasse, que o deixasse permanecer num lugar onde a pudesse servir; mas desconfia que ela não lho permitirá e nem mesmo o quererá ouvir, mas deixá-lo-á ir morrer longe.
A cantiga sobressai pela originalidade das suas estrofes monorrimáticas.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Mestria
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

A 197, B 348

Cancioneiro da Ajuda - A 197

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 348


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas