Rui Pais de Ribela


A mia senhor, a que eu sei querer
melhor ca nunca quis hom'a molher,
poila tant'amo e mi o creer nom quer,
Nostro Senhor, que há mui gram poder,
5       me dê seu bem, se lh'eu quero melhor
       ca nunca quis no mund'hom'a senhor.
  
 E se nom, E[le] me leixe prender
por ela morte, ca nom m'é mester
d'eu viver mais, se seu bem nom houver;
10mais Deus, que pod'a verdade saber,
       me dê seu bem, se lh'eu quero melhor
       ca nunca quis no mund'hom'a senhor.
  
Porque lhe fez as do mundo vencer
de mui bom prez e do que vos disser:
15de parecer mui bem u estever,
Deus, que lhe fez tam muito bem haver,
       me dê seu bem, se lh'eu quero melhor
       ca nunca quis no mund'hom'a senhor.



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Nota geral:

O trovador pede a Deus que lhe conceda o favor da sua senhora, que ama mais do que a qualquer outra coisa no mundo, ou então que lhe dê a morte, pois não pode mais viver como vive.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras uníssonas
(Saber mais)


Fontes manuscritas

A 193, B 344

Cancioneiro da Ajuda - A 193

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 344


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas