Pedro Amigo de Sevilha


Um cavaleiro, fi'de clerigom,
que nom há em sa terra nulha rem,
 por quant'está com seu senhor mui bom,
por tanto se nom quer já conhocer
5a quem sab'onde vem e onde nom,
e leixa-vos em gram conta põer.
  
E pois xe vos em tam gram conta pom
 porque encaro sol lhi nom convém
contra quem sabe ond'est e onde nom
10é seu barnag'e tod'o seu poder,
e faz creent'a quantos aqui som
que val mui mais que nom dev'a valer.
  
El se quer muit', a seu poder, honrar,
ca se quer por mais fidalgo meter
15de quantos há em tod'aquel logar,
u seu padre bem a missa cantou;
e nom quer já por parente colher
um seu sobrinho, que aqui chegou.



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Nota geral:

Sátira a um cavaleiro que escondia as suas origens modestas e o facto de ser filho de um clérigo, fazendo-se passar por quem não era e nem mesmo reconhecendo os seus parentes.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Mestria
Cobras doblas
(Saber mais)


Fontes manuscritas

V 1201

Cancioneiro da Vaticana - V 1201


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas