Nunes


Um infançom mi há convidado
que seja seu jantar loado
par mi, mais eu non'o hei guisado;
e direi-vos per que mi avém:
 5ca já des antan'hei jurado
       que nunca diga de mal bem.
  
Diss'el, poilo jantar foi dado:
- Load'este jantar honrado!
Dix'eu: - Faria-o de grado,
10mais jurei antan'em Jaen,
na hoste, quando fui cruzado,
       que nunca diga de mal bem.



 ----- Aumentar letra ----- Diminuir letra

Nota geral:

Uma das numerosas cantigas satirizando a pelintrice dos infanções, tomando como pretexto os jantares por eles oferecidos (ou negados). A situação que esta cantiga nos apresenta, sendo certamente um mero expediente retórico, não deixa de ser original: incitado pelo dono da casa a fazer um cantar em honra do jantar, o trovador invoca um juramento feito na hoste para se escusar.
A referência a Jaén pode indicar que a cantiga terá sido composta um pouco depois de 1246, ano da conquista cristão da cidade.



Nota geral


Descrição

Escárnio e Maldizer
Refrão
Cobras uníssonas
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1552
(C 1552)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1552


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas