Airas Carpancho


Pois que se nom sente a mia senhor
da coita em que me tem seu amor,
mia morte mui mester me seria.
Se sempr'hei d'haver atal andança,
5cativo!, que nom morri o dia
 que a vi em cas Dona Co[n]stança!
  
Pois o d[ormir] e o sem perdi,
Nostro Senhor, como nom morri,
como morre quem nom há proveito
10de morrer e se queria vivo...?
 Mais eu, que por sandeu [e] tolheito
and', e como nom morro, cativo?



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Nota geral:

Desde o primeiro momento em que viu a sua senhora, o trovador sofre um amor desesperado. Não deixa de ser curiosa, até porque muito pouco habitual, a referência explícita ao lugar do encontro, a casa de D. Constança, muito provavelmente uma nobre dona galega que terá desempenhado um papel significativo na fase inicial da lírica galego-portuguesa (e cuja biografia alargamos mais um pouco na nota antroponímica ao v. 6).



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Mestria
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 175
(C 175)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 175


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas