| | | Martim Soares | | | | Rubrica: | | | | Esta outra fez a um escudeiro, de pequeno logo; e diziam-lhi Albardam e fez-lh'estes cantares d'escarnh'e de maldizer e diss' assi.
| | | | Houv'Albardam caval'e seendeiro | | | | e cuidava cavaleiro seer; | | | | quando eu soub'estas novas primeiro, | | | | maravilhei-m'e non'o quis creer; | | 5 | | fiz dereito, ca nom vi fazer, | | | | des que naci, d'albardam cavaleiro. |
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| Nota geral: Como nos indica a rubrica, esta cantiga e a seguinte são dirigidas a um escudeiro com pretensões a fidalgo, e jogam essencialmente com o seu nome ou alcunha. De facto, Albardam é, conjuntamente, o aumentativo de albarda (para montar burros) e um termo de origem árabe significando "tolo, chocho" (talvez raíz do nosso atual "aldrabão"). Note-se que a expressão da rubrica "de pequeno logo" se deverá referir ao próprio trovador e não ao escudeiro visado na cantiga - e será, pois, uma indicação da precocidade dos dotes poéticos de Martim Soares, acerca do qual a rubrica de uma outra composição nos diz que trobou melhor ca tôdolos trobarom e assi foi julgado antr´os outros trobadores.
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Nota geral
Descrição
Cantiga de Escárnio e maldizer (Saber mais)
Fontes manuscritas
B 1360, V 968
Versões musicais
Originais
Desconhecidas
Contrafactum
Desconhecidas
Composição/Recriação moderna
Desconhecidas
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