Pero de Armea


Dê'lo dia 'm que m'eu quitei
 d'u mia senhor é morador,
nunca de mim houve sabor,
per boa fé, nem haverei,
5       se nom vir ela, doutra rem.
  
Ca me quitei a meu pesar
d'u ela é; pois m'en quitei,
nunca me depois [eu] paguei
de mim, nem me cuid'a pagar,
10       se nom vir ela, doutra rem.
  
Pero que [nẽum] bem nom hei,
verdade vos quero dizer:
nunca eu depois vi prazer,
nem jamais non'o veerei,
15       se nom vir ela, doutra rem.



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Nota geral:

Desde que se afastou do lugar onde mora a sua senhora, o poeta não voltou a andar satisfeito consigo próprio, nem terá qualquer outra satisfação enquanto a não vir.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares (rima a alternada)
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Fontes manuscritas

B 1077, V 669

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1077

Cancioneiro da Vaticana - V 669


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas