Juião Bolseiro


Ai mia senhor! tod'o bem mi a mi fal,
mais nom mi fal gram coita, nem cuidar,
des que vos vi, nem mi fal gram pesar;
mais nom mi valha O que pod'e val,
5       se hoj'eu sei onde mi venha bem,
       ai mia senhor, se mi de vós nom vem!
  
Nom mi fal coita, nem vejo prazer,
senhor fremosa, des que vos amei,
mais a gram coita que eu por vós hei,
10já Deus, senhor, nom mi faça lezer,
       se hoj'eu sei onde mi venha bem,
       ai mia senhor, se mi de vós nom vem!
  
Nem rem nom podem veer estes meus
olhos no mund'[ond'] eu haja sabor,
15sem veer vós; e nom mi val[h]'Amor,
nem mi valhades vós, senhor, nem Deus,
       se hoj'eu sei onde mi venha bem,
       ai mia senhor, se mi de vós nom vem!



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Nota geral:

Se ao trovador falta o bem da sua senhora, não lhe faltam mágoa, obsessão e tristeza desde que a conheceu. E garante-lhe que nenhum bem, prazer ou alegria poderá ter no mundo se dela não vier.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 1076, V 667
(C 1076)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1076

Cancioneiro da Vaticana - V 667


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas