Airas Carpancho


- Que me mandades, ai madre, fazer
ao que sei que nunca bem querer
soub'outra rem?
- Par Deus, filha, mando-v[o-l'ir veer]
5       e será bem.
  
- Que lhi far[ei] .................-ir
...................................-ir
.............[rem?]
- .......... vos, filha, polo guarir,
10       e será bem.
  
- Que lhi farei, se veer u eu for
e mi quiser dizer, come a senhor,
algũa rem?
- Diga, filha, de quant'houver sabor,
15       e será bem.
  
E el, que viv'em gram coita d'amor,
        guarrá por en.



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Nota geral:

Embora incompleta na segunda estrofe, o sentido desta cantiga percebe-se bem: num papel, não muito frequente, de conselheira e facilitadora, a mãe pede à moça receosa que vá ver o seu amigo e lhe permita falar do que entender. Será a única maneira de acabar com o sofrimento dele.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão, Dialogada
Cobras singulares
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 660, V 261

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 660

Cancioneiro da Vaticana - V 261


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas