Fernão Rodrigues de Calheiros


Direi-vos agor', amigo, camanho temp'há passado
que nom pudi veer cousa ond'houvesse gasalhado:
       des que vos de mi partistes
       tães ora que me vistes.
  
 5Des oimais andarei leda, meu amigo, pois vos vejo
ca muit'há que nom vi cousa que mi tolhesse desejo,
       des que vos de mi partistes
       tães ora que me vistes.
  
Des oimais nom vos vaades, se amor queredes migo,
 10ca jamais nom ar foi ledo meu coraçom, meu amigo,
       des que vos de mi partistes
       tães ora que me vistes.



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Nota geral:

Dirigindo-se ao seu amigo, a moça confessa-lhe que, desde a sua partida até ao seu regresso, não conheceu qualquer alegria. Agora, que o vê, tudo mudou e, assim sendo, pede-lhe que não se vá embora.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 629, V 230

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 629

Cancioneiro da Vaticana - V 230


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas