D. Dinis


Mia madre velida,
vou-m'a la bailia
       do amor.
  
Mia madre loada,
5vou-m'a la bailada
       do amor.
  
Vou-m'a la bailia
que fazem em vila
       do amor.
  
10[Vou-m'a la bailada
que fazem em casa
       do amor.]
  
Que fazem em vila
do que eu bem queria
15       do amor.
  
Que fazem em casa
do que eu muit'amava
       do amor.
  
Do que eu bem queria;
20chamar-m'-am garrida
       do amor.
  
Do que eu muit'amava;
 chamar-m'-am perjurada
       do amor.



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Nota geral:

A donzela anuncia ternamente à sua mãe que vai ao baile, na vila, na casa do seu amado, mesmo sabendo que talvez a critiquem.
Este é um resumo possível e muito simplista de uma cantiga (bailia), não só cheia de ritmo, mas também plena de subtil sensualidade. Para melhor compreender esta subtileza, o leitor poderá atentar, por exemplo, na polissemia do refrão, ou seja, nos diferentes modos como o refrão se liga ao corpo das estrofes, suscitando diversas possibilidade de leitura.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão e Paralelística
Cobras alternadas
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 592, V 195

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 592

Cancioneiro da Vaticana - V 195


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Mi madre velida      versão audio disponível

Versão de Pedro Caldeira Cabral, Jorge Varrecoso Gonçalves, Teresa Salgueiro

Composição/Recriação moderna

A la baylia do Amor 

Versão de Frederico de Freitas

Ma madre velida      versão audio disponível

Versão de José Mário Branco