Airas Veaz ou Fernão Gonçalves de Seabra


A dona que eu vi por meu
mal e que me gram coita deu
e dá, poila vi, e por seu
nom me tem, nem me quer valer,
5non'a vej'e nom vej'[al] eu
       no mund'ond'eu veja prazer.
  
A que me faz viver em tal
afã e sofrer tanto mal,
que morrerei se me nom val,
10e nom quer mia coita creer,
non'a vej'e nom vej'eu al
       no mund'ond'eu haja prazer.
  
A que eu quero mui gram bem
 e que mi assi forçado tem,
15que nom posso, per nẽum sem,
parar-me de lhe bem querer,
 non'a vej'e nom vejo rem
       no mund'ond'eu haja prazer.



 ----- Aumentar letra ----- Diminuir letra

Nota geral:

Mesmo se ela o faz sofrer, sem poder ver a sua senhora, o trovador não vê qualquer prazer no mundo



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

A 213, B 443, V 55

Cancioneiro da Ajuda - A 213

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 443

Cancioneiro da Vaticana - V 55


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas