Vidal


Faz-m'agora por si morrer,
e traz-me mui coitado,
mia senhor do bom parecer
 e do cós bem talhado;
5a por que hei morte a prender
 come cervo lançado,
que se vai do mund'a perder
da companha das cervas.
       E mal dia nom ensandeci
10       e pasesse das ervas
       e nom viss'u primeiro vi,
       a mui fremosinha d'Elvas.
  
Que [...]
[...]
15[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
20[...]
       [E mal dia nom ensandeci
       e pasesse das ervas
       e nom viss'u primeiro vi,
       a mui fremosinha d'Elvas.]
  
25Oimais a morrer me convém,
 ca tam coitado sejo
pola mia senhor do bom sem,
que am'e que desejo,
e que me parec'er tam bem
30cada que a eu vejo,
que semelha rosa que vem,
 quando sal d'antr'as relvas.
       E mal dia nom ensandeci
       e pasesse das ervas
35       e nom viss', u primeiro vi,
       a mui fremosinha d'Elvas.



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Nota geral:

A esta composição se refere igualmente a rubrica que acompanha a cantiga que a precede nos apógrafos italianos, e para a qual remetemos o leitor.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1606, V 1139

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1606

Cancioneiro da Vaticana - V 1139


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

E mal día non ensando ei      versão audio disponível

Versão de Judith R. Cohen , Tamar Ilana Cohen Adams , Eduardo Paniagua

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas