João Garcia de Guilhade


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Martim jograr, que gram cousa:
já sempre convosco pousa
       vossa molher!
  
Ve[e]des m'andar morrendo,
5e vós jazedes fodendo
       vossa molher!
  
Do meu mal nom vos doedes,
e moir'eu, e vós fodedes
       vossa molher!



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Nota geral:

João Garcia de Guilhade ataca aqui o jogral Martim, cobiçando-lhe a mulher. O curioso da cantiga é a mistura dos mais puros clichés das cantigas de amor com uma linguagem totalmente desbragada. A cantiga que se segue nos manuscritos desenvolve o tema.
É possível que este jogral Martim seja algum dos jograis com este nome presentes nos cancioneiros (Martim Campina, Martim Codax, Martim de Caldas, Martim de Guinzo, Martim Padrozelos). Mas, não sendo claro o contexto deste ataque de Guilhade, é difícil decidirmo-nos por qualquer um deles.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1489, V 1101

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1489

Cancioneiro da Vaticana - V 1101


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Martin jograr      versão audio disponível

Versão de The Dufay Collective

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas