Bernal de Bonaval


Quero-vos eu, mia irmana, rogar
por meu amig'e quero-vos dizer
que vos nom pês de m'el viir veer,
  e ar quero-vos d'al desenganar:
 5       se vos prouguer com el, gracir-vo-lo-ei,
       e, se vos pesar, non'o leixarei.
  
Se veer meu amig'e vos for bem
com el, fiar-m'-ei mais em voss'amor
e sempre m'end'haveredes melhor,
10e ar quero-vos dizer outra rem:
       se vos prouguer com el, gracir-vo-lo-ei,
       e, se vos pesar, non'o leixarei.
  
Quando veer meu amigo, cousir-
-vos-ei se me queredes bem, se mal,
15e, mia irmana, direi-vos logo al,
 ca nom vos quero meu cor encobrir:
       se vos prouguer com el, gracir-vo-lo-ei,
       e, se vos pesar, non'o leixarei.



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Nota geral:

A donzela pede à sua irmã para não ficar aborrecida quando o seu amigo a vier ver. Mas avisa: quer ela goste quer não goste, não o deixará.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 1136, V 727

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1136

Cancioneiro da Vaticana - V 727


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas