Vasco Rodrigues de Calvelo


Des quand'eu a mia senhor entendi
que lhe pesava de lhe querer bem,
 ou de morar u lhe dissesse rem,
 veed', amigos, como m'en parti:
5       leixei-lh'a terra, por lhe nom fazer
       pesar, e viv'u nom posso viver
  
senom coitad'. E mais vos en direi:
 pero m'eu viv'em gram coita d'amor,
de nom fazer pesar a mia senhor,
10veed', amigos, que bem m'en guardei:
       leixei-lh'a terra, por lhe nom fazer
       pesar, e viv'u nom posso viver
  
senom coitado no meu coraçom;
ca me guardei de lhe fazer pesar;
15e, amigos, nom me soub'en guardar
per outra rem se per aquesta nom:
       leixei-lh'a terra, por lhe nom fazer
       pesar, e viv'u nom posso viver!



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Nota geral:

A partir do momento em que o trovador percebeu que à sua senhora pesava o facto de lhe querer bem e de morar na mesma terra, decidiu afastar-se, passando a viver longe e infeliz, só para a contentar.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

A 294, B 994, V 583

Cancioneiro da Ajuda - A 294

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 994

Cancioneiro da Vaticana - V 583


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas