Rui Fernandes de Santiago


Conhosco-me, meu amigo,
que sempre vos fiz pesar,
mais, se agor'amigar
quiséssedes vós comigo,
5       a vós eu nunca faria
       pesar, nem vo-lo diria.
  
Que[m] quer que vos end'al diga,
nom lho queirades creer,
ca, se podess'eu seer,
10amigo, convosc'amiga,
       a vós eu nunca faria
       pesar, nem vo-lo diria.
  
Se eu por amig'houvesse
vós, a que eu por meu mal
15fiz pesar, u nom jaz al,
pero me de vós veesse,
       a vós eu nunca faria
       pesar, nem vo-lo diria.



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Nota geral:

Dirigindo-se ao seu amigo, e reconhecendo que sempre lhe causou pesar, a moça diz-lhe que, se ele estiver disposto a ser de novo seu amigo, nunca mais fará ou dirá nada que o desgoste.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 926, V 514
(C 926)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 926

Cancioneiro da Vaticana - V 514


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas