.:: Cantigas Medievais Galego-Portuguesas ::.

		Gomes Garcia

		A vossa mesura, senhor,
		aguardei, mal dia por mi,
		ca desmesura des aí
		me faz ca[da] dia peior:
	5	ca me busca convosco mal
		e a mesura nom me val
		e leixa-me morrer d'amor.

		E, senhor, mal dia naceu
		que[m] mesura muito aguardou,
	10	como eu guardei, e sempr'achou
		desmesura, que me tolheu:
		ca, onde eu cuidei haver bem
		por servir, nunca houve en rem,
		ca desmesura me tolheu.

	15	A vossa mesura gardei,
		senhor, sempre mais doutra rem
		e a desmesura por en
		me faz tal mal que me nom sei
		com ela já conselh'haver;
	20	e leixa-me d'amor morrer
		e da mesura bem nom hei.

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Nota geral: Dirigindo-se à sua senhora, o trovador diz-lhe que, tendo aguardado alguma generosidade (mesura) da parte dela, só recebeu rigor (desmesura), um rigor que o faz morrer de amor.

Descrição

Cantiga de Amor
Mestria
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 924, V 512
(C 924)

Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas