Rui Fernandes de Santiago


Já eu nom am[o] a quem soía,
nem hei a coita que ant'havia,
e pesa-mi, par Santa Maria,
       ca m'hei outra coita d'amor maior.
  
5Nostro Senhor, quem m'hoj'a mi desse
que a que bem quigi bem quisesse!
 Ca tenh'eu que meor coit'houvesse,
       ca m'hei outra coita d'amor maior.
  
E mentr'eu dela fui namorado,
10nunca me virom desacordado;
mais ora já nom há i recado,
       ca m'hei outra coita d'amor maior.



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Nota geral:

Nesta original composição, o trovador confessa que, se já não ama quem amava, o seu sofrimento não acabou, antes aumentou, pois um novo amor o faz sofrer muito mais. E assim, acrescenta, quem lhe dera poder voltar a amar a sua antiga senhora: decerto sofreria muito menos, já que era esse um tempo em que o amor não o tornava louco - como agora acontece, e sem remédio.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 904, V 489

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 904

Cancioneiro da Vaticana - V 489


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas