Anónimo 5


- Senhor fremosa, pois me vej'aqui,
gradesc'a Deus que vos posso dizer
a coita que me fazedes sofrer,
e Deus nem vós nom me valedes i.
5- Amigo, por meu amor e por mi,
       sofred'a coita que vos por mi vem,
        ca sofrendo coita se serv'o bem.
  
- Senhor fremosa, muito mal levei,
sofrendo temp'e atendi melhor;
10e Deus e vós fazedes-me peor,
e peor m'é que quando comecei.
- Amigo, por mim, que vo-la [ar] dei,
       sofred'a coita que vos por mi vem,
       ca sofrendo coita se serv'o bem.



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Nota geral:

Diálogo entre o trovador e a sua senhora, em que ele finalmente lhe confessa o seu amor e o sofrimento por que tem passado, e ela o aconselha a sofrer com paciência, já que o favor se consegue pelo sofrimento. Embora na 2ª estrofe ele lhe responda que é isso que tem feito e a sua situação em nada se altera, antes parece ir para pior, a resposta da senhora (em refrão) permanece a mesma.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão, Dialogada
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

A 277

Cancioneiro da Ajuda - A 277


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas