Vasco Peres Pardal


- Por Deus, amiga, provad'um dia
o voss'amigo de vo-lh'assanhar
e veredes home coitad'andar.
- Ai amiga, que mal conselh'ess'é;
  5ca sei eu aquesto, per boa fé,
       mui bem: que log'el morto seria.
  
- Amiga, bem vos conselharia
dizerdes que nom dades por el rem
e [o] veredes coita[do] por en.
10- Nom mi o digades, se Deus vos perdom;
ca sei eu já pelo seu coraçom
       mui bem: que log'el morto seria.
  
- Amiga, nunca lhi mal verria
de lhi dizerdes atanto por mi:
15que nom dades por el rem des aqui.
- Par Deus, amiga, nom vos creerei,
nem vós nunca mi o digades, ca sei
       mui bem que log'el morto seria.



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Nota geral:

Uma amiga sugere à donzela que ela provoque o seu amigo, zangando-se com ele, e fingindo que ele lhe é indiferente, só para ver como fica infeliz. Mas a donzela acha que é um péssimo conselho, e nem quer ouvir falar de tal coisa, pois está certa que ele morreria imediatamente.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão, Dialogada
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 822, V 407

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 822

Cancioneiro da Vaticana - V 407


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas