Estêvão Travanca


Se eu a meu amigo dissesse
quant'eu já por el quisera fazer
ũa vez quando m'el veo veer,
des que end'el verdade soubesse,
5       nom haveria queixume de mi,
       com'hoj'el há, nem s'iria daqui.
  
E se soubesse quam sem meu grado
nom fiz por el quant'eu quisera entom
fazer, amiga, se Deus mi perdom,
10per com'eu cuid', e cuid'aguisado,
       nom haveria queixume de mi,
       com'hoj'el há, nem s'iria daqui.



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Nota geral:

A moça confessa a uma amiga que esteve prestes a ceder aos pedidos do seu amigo, da última vez que estiveram juntos. Se ele o soubesse, e se soubesse ainda que não tinha sido por sua vontade que não o tinha feito, decerto que ele não teria motivos de queixa e não se teria ido embora.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 724, V 325

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 724

Cancioneiro da Vaticana - V 325


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas