D. Dinis


Meu amig', u eu sejo,
nunca perço desejo
senom quando vos vejo,
        e por en vivo coitada
5com este mal sobejo
       que sofr'eu, bem talhada.
  
U quer que sem vós seja,
sempr'o meu cor deseja
vós, atá que vos veja,
10       e por en vivo coitada
com gram coita sobeja
       que sofr'eu, bem talhada.
  
Nom é senom espanto,
u vos nom vejo, quanto
15       hei desej', e quebranto,
e por en vivo coitada
com aqueste mal tanto
       que sofr'eu, bem talhada.



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Nota geral:

A donzela confessa ao seu amigo que, longe dele, só sente o intenso sofrimento de um desejo permanente. Tão grande que se assusta e espanta.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 596, V 199

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 596

Cancioneiro da Vaticana - V 199


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas