D. Dinis


Que estranho que mi é, senhor,
 e que gram coita d'endurar,
quando cuid'em mi, de nembrar
de quanto mal fui sofredor
5des aquel dia que vos vi;
       e tod'este mal eu sofri
       por vós e polo voss'amor.
  
Ca des aquel tempo, senhor,
que vos vi e falar,
10nom perdi coitas e pesar,
nem mal, nom podia maior,
e aquesto passou assi:
       e tod'este mal sofri
       por vós e polo voss'amor.
  
15E por en seria, senhor,
gram bem de vos amercear
de mim, que hei coita sem par,
de qual vós sodes sabedor
que passou e passa per mi;
20       e tod'este mal sofri
       por vós e polo voss'amor.



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Nota geral:

O trovador estranha como foi capaz de sofrer dor tão desmesurada desde o momento em que viu a sua senhora, e pede-lhe que tenha piedade dele, até porque conhece perfeitamente o seu sofrimento.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras uníssonas
Palavra(s)-rima: (v. 1 de cada estrofe)
senhor
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 522b, V 125

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 522b

Cancioneiro da Vaticana - V 125


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas