D. Dinis


Pois que vos Deus, amigo, quer guisar
d'irdes a terra d'u é mia senhor,
rogo-vos ora que por qual amor
vos hei lhi queirades tanto rogar:
5       que se doia já do meu mal.
  
 E d'irdes i tenh'eu que mi fará
Deus gram bem, poila podedes veer;
e, amigo, punhad'em lhi dizer,
pois tanto mal sofro, gram sazom há,
10       que se doia já do meu mal.
  
E pois que vos Deus aguisa d'ir i,
tenh'eu que mi fez El i mui gram bem;
e pois sabede'lo mal que mi vem,
 pedide-lhi mercee por mi:
15       que se doia já do meu mal.



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Nota geral:

Dirigindo-se a uma amigo, que vai partir para a terra onde está a sua senhora, o trovador pede-lhe que lhe peça a ela para se condoer do seu sofrimento. O facto de esse seu amigo ir vê-la já é uma graça que Deus lhe faz, uma vez que pode falar-lhe do mal que ele sofre e ser mensageiro do seu pedido.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 524, T 1, V 107

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 524

Cancioneiro da Vaticana - V 107

Pergaminho Sharrer - T 1


Versões musicais

Originais

I. Pois que vos Deus, amigo, quer guisar      versão audio disponível

Versões de D. Dinis

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas