Anónimo 2 ou João Peres de Aboim


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5       que me vós nunca quisestes fazer
       en: que me vistes de me mal querer?
  
Por Deus e por mesura e por mi,
dizede-m'esto que vos vim rogar!
E tal rogo nom vos dev'a pesar,
10e terrei que me fazedes bem i,
       que me vós nunca quisestes fazer
       en: que me vistes de me mal querer?
  
Por aquesto que vos rogo, senhor,
dizede-mi-o, ca vos nom jaz i mal,
15nem vos rog'eu que me digades al,
e terrei que me fazedes amor,
       que me vós nunca quisestes fazer
       en: que me vistes de me mal querer?
  
E vedes por que o quero saber:
20por me guardar de vos pesar fazer.



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Nota geral:

Precedida de uma lacuna no manuscrito, só estas duas estrofes finais nos chegaram de uma cantiga de amor, na qual o trovador faria uma pergunta à sua senhora (o que viu ela nele para assim lhe querer mal), pedindo-lhe para responder.
É incerto se a cantiga seria ou não de refrão (o que seria assinalado na primeira estrofe, que falta), mas alguns indícios levam-nos a considerar que sim.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Fragmento
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

A 180

Cancioneiro da Ajuda - A 180


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas