Vasco Gil


Estes olhos meus hei mui gram razom
de querer mal, enquant'eu já viver,
porque vos forom, mia senhor, veer;
ca depois nunca, si Deus me perdom!,
 5       pud'eu em outra rem haver sabor,
       erg'em coidar em vós, ai mia senhor!
  
Desses vossos olhos e destes meus
me veo sempre coit[a] e pesar,
poilos meus forom os vossos catar;
10ca des i nunca, si me valha Deus!,
       pud'eu em outra rem haver sabor,
       erg'em coidar em vós, ai mia senhor!



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Nota geral:

O trovador diz à sua senhora que quer mal aos seus próprios olhos, pois foi através deles que viu os seus - e, desde então, não pensou em mais nada senão nela.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

A 149, B 272

Cancioneiro da Ajuda - A 149

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 272


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas