| | | Múnio Fernandes de Mirapeixe |
| | | | Dizer-vos quer'eu, mia senhor, |  | | | de qual guisa vos quer'eu bem, | | | | e Deus nom me dê [de] vós bem, |  | | | se vos de nulha rem mentir: | | 5 | | quantos hoje no mundo som, | | | | nem foram, nem jamais seram, |  | | | nunca quiserom, nem querrám, | | | | nem que[rem] tam gram bem molher | | | | com'eu vos quer'; e nom me val |  | 10 | | contra vós nem esto, nem al. | | | | | | [...] |
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| Nota geral: Neste fragmento, o trovador começa por dizer à sua senhor de que modo a ama: como nunca ninguém amou uma mulher, incluindo os passados, os presentes e os futuros. Infelizmente só esta estrofe sobreviveu, de modo que é impossível sabermos como se desenvolveria esta razom. O fragmento não está isento de problemas. Assim, e para além do facto de uma estrofe de dez versos ser muito pouco habitual na lírica galego-portuguesa, ela apresenta uma estrutura rimática algo estranha, na qual teremos de considerar quatro palavras perdudas. Tendo em conta estes fatores, Resende de Oliveira sugeriu que o fragmento reuniria, na verdade, fragmentos de duas composições distintas, e que os quatro primeiros versos pertenceriam, pois, a uma outra cantiga. Se a hipótese pode ser colocada, ela tem, no entanto, contra si o facto de o conjunto de versos do fragmento fazer, semanticamente, todo o sentido.
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Nota geral
Descrição
Cantiga de Amor Fragmento Palavra perduda: vv. 1, 4, 5 e 8 (Saber mais)
Fontes manuscritas
B 45
Versões musicais
Originais
Desconhecidas
Contrafactum
Desconhecidas
Composição/Recriação moderna
Desconhecidas
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