Sancho Sanches


Amiga, bem sei do meu amigo
que é mort'ou quer'outra dona bem,
 ca nom m'envia mandado nem vem,
 e, quando se foi, posera migo
5       que se veesse logo a seu grado;
       se nom, que m'enviasse mandado.
  
A mim pesou muito, quando s'ia,
e comecei-lhi entom a preguntar:
 "Cuidades muit', amig', alá morar?"
10e jurou-mi, par Santa Maria,
       que se veesse logo a seu grado;
       se nom, que m'enviasse mandado.
  
U estava conmigo falando,
dixi-lh'eu: "Que farei, se vos nom vir,
15ou se vosso mandado nom oir
ced'?" [E] entom jurou-m'el chorando
       que se veesse logo a seu grado;
       se nom, que m'enviasse mandado.



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Nota geral:

A moça diz a uma amiga que o seu amigo decerto morreu ou apaixonou-se por outra, pois nem lhe envia notícias nem aparece, quando tinha prometido e jurado que, por sua vontade, regressaria rapidamente, e senão, que enviaria uma mensagem.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 936, V 524
(C 936)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 936

Cancioneiro da Vaticana - V 524


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas