Pedro Amigo de Sevilha


 Maior Garcia vi tam pobr'ogano,
que nunca tam pobr'outra molher vi:
que, se nom fosse o arcediano,
nom havia que deitar sobre si;
5ar cobrou pois sobr'ela o daiam;
e por aquelo que lh'antr'ambos dam,
and'ela toda coberta de pano.



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Nota geral:

Esta cantiga de Pedro Amigo estará certamente incompleta. Mas esta única estrofe que nos chegou faz, mesmo assim, pleno sentido: trata das relações desta Maior Garcia com um arcediago e um deão e joga equivocamente com o termo pano (tecido, mas também aspeto caraterístico do rosto das mulheres grávidas). É possível que este deão seja o mesmo deão de Cádis, apreciador de livros eróticos, segundo nos diz Afonso X numa cantiga.
Acrescente-se que esta é a última composição do Cancioneiro da Vaticana e, portanto, a última dos apógrafos italianos, já que o Cancioneiro da Biblioteca Nacional, em virtude de uma lacuna, não transcreve as suas últimas sete cantigas,



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Fragmento
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Fontes manuscritas

V 1205

Cancioneiro da Vaticana - V 1205


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas