Pero Viviães ou Afonso Anes do Cotom


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   Marinha, ende folegares
tenh'eu por desaguisado;
e som mui maravilhado
de ti, por nom rebentares:
 5ca che tapo eu [d]aquesta minha
boca a ta boca, Marinha;
e destes narizes meus
tapo eu, Marinha, os teus;
e das [mias]mãos as orelhas,
10os olhos, das sobrencelhas;
tapo-t'ao primeiro sono
da mia pissa o teu cono,
e mi o nom veja nengum,
e dos colhões [esse] cũ,
15Como nom rebentas Marinha?



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Nota geral:

Cantiga extremamente licenciosa, esta que o trovador dirige à soldadeira Marinha (que talvez seja a mesma Marinha Sabugal satirizada numa cantiga de Afonso Eanes do Cotom). É de salientar a estrutura versificatória da cantiga, muito original.
Acrescente-se ainda que a cantiga está bastante estropiada nos dois códices, o que torna difícil a leitura de alguns passos.



Nota geral


Descrição

Escárnio e Maldizer
Mestria
Cobras monoestrófica
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1617, V 1150
(C 1617)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1617

Cancioneiro da Vaticana - V 1150


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Marinha en tanto folegares      versão audio disponível

Versão de Xurxo Romaní, Koichi Tanehashi