Anónimo 1 ou Martim Soares


Nunca tam coitad'home por molher
fui com'eu por ũa que me nom quer
fazer bem; pero, se mi o nom fezer,
é cousa guisada
5de nom viver nada;
se mi Deus nom der
bem da bem talhada,
nem vida longada
nom mi há mim mester.
  
10Melhor mi seria a mim de morrer
ca sempr'assi como vivo viver
coitado, pola que nom quis dizer
a mim noutro dia
o per que guarria,
15per que gram prazer
ela me faria;
par Santa Maria,
nom mi o quis fazer!
  
E poila eu vi, sempr'a vi punhar
20em me de seu preito e de si quitar;
mais agora já, por me mais coitar,
por ende me disse
que a nunca visse
em logar estar
25que lh'eu nom fugisse
e que a nom visse,
por mi a mim matar.



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Nota geral:

Sem o favor da sua senhora, o trovador não pode viver: e não só ela sempre lhe recusou qualquer palavra positiva, como agora lhe disse que se deveria afastar sempre que se cruzassem em qualquer lugar.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Mestria
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

A 63, B 174

Cancioneiro da Ajuda - A 63

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 174


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas