João de Requeixo


Amiga, quem hoj'houvesse
mandado do meu amigo
e lhi bem dizer podesse
que veesse falar migo
5       ali u sempre queria
       falar mig'e nom podia.
  
Se de mi houver mandado,
nom sei rem que o detenha,
amiga, pelo seu grado,
10que el mui cedo nom venha
       ali u sempre queria
       falar mig'e nom podia.
  
U foi mig'outra vegada,
 atendê-lo-ei, velida,
15fremosa e bem talhada,
em Far[o], ena ermida,
       ali u sempre queria
       falar mig'e nom podia.



 ----- Aumentar letra ----- Diminuir letra

Nota geral:

Nesta quinta e última cantiga, a donzela dirige-se a uma amiga, dando-lhe conta de como gostaria de ter notícias dele e também de como gostaria de lhe fazer chegar o pedido para ir ter com ela ao lugar habitual, a ermida de Santa Maria de Faro, um lugar onde tantas vezes ele quis falar com ela e não pôde.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1293, V 898

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1293

Cancioneiro da Vaticana - V 898


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Cantiga V - Amiga, quen oj' ouvesse      versão audio disponível

Versão de César del Caño