Martim de Ginzo


Nom mi digades, madre, mal e irei
vee'lo sem verdad'e que namorei
       na ermida do Soveral
       u m'el fez muitas vezes coitada estar,
5       na ermida do Soveral.
  
Nom mi digades, madre, mal, se eu for
vee'lo sem verdad'e o mentidor
       na ermida do Soveral
       u m'el fez muitas vezes coitada estar,
10       na ermida do Soveral.
  
Se el nom vem i, madre, sei que farei:
el será sem verdad'e eu morrerei
       na ermida do Soveral
       u m'el fez muitas vezes coitada estar,
15       na ermida do Soveral.
  
Rog'eu Santa Cecília e Nostro Senhor
que ach'hoj'eu i, madr', o meu traedor
       na ermida do Soveral
       u m'el fez muitas vezes coitada estar,
20       na ermida do Soveral.



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Nota geral:

Apesar do seu amigo ser mentiroso e traidor, tendo-a feito várias vezes esperar em vão na ermida do Soveral, a donzela pede licença à sua mãe para lá ir de novo, pedindo-lhe também que não a critique por isso. Esperando que desta vez o encontre, garante que morrerá, se ele não aparecer.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão e Paralelística
Cobras alternadas
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1275, V 881

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1275

Cancioneiro da Vaticana - V 881


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas