João Baveca


 Vossa menag', amigo, nom é rem,
ca, de pram, houvestes toda sazom
a fazer quant'eu quisesse e al nom,
e por rogo nem por mal nem por bem
5       sol nom vos poss'esta ida partir.
  
Nunca vos já de rem hei a creer,
ca sempr'houvestes a fazer por mi
quant'eu mandass', e mentides-m'assi;
e, pero faç'i todo meu poder,
10       sol nom vos poss'esta ida partir.
  
 Que nom houvess'antre nós qual preito há,
 per qual [bem] vos foi sempre [mui] mester
devíades por mi a fazer que quer;
e, pero vos mil vezes roguei já,
15       sol nom vos poss'esta ida partir.



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Nota geral:

A donzela queixa-se ao seu amigo: a vassalagem que ele lhe jurou (fazer preito e menagem era o juramento de fidelidade feudal), obrigando-se a fazer sempre tudo o que ela quisesse, pelos vistos nada vale, já que, por mais que ela lhe peça, não consegue convencê-lo a não partir.
As duas cantigas seguintes parecem relacionar-se narrativamente com esta.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1228, V 833

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1228

Cancioneiro da Vaticana - V 833


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas